O Brasil registrou um novo recorde na exportação de café em 2024. Em novembro, foram embarcadas 4,66 milhões de sacas de 60 quilos, volume 5,4% maior que o mesmo período de 2023, quando foram exportadas 4,42 milhões de sacas. No acumulado do ano até novembro, o país já exportou 46,399 milhões de sacas, superando em 3,78% o recorde anterior de 44,707 milhões, alcançado em 2020.
Os dados, divulgados pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), também mostram crescimento nas receitas. Em novembro, o Brasil arrecadou US$ 1,343 bilhão, aumento de 62,7% em relação a novembro de 2023. Entre janeiro e novembro, as exportações geraram US$ 11,30 bilhões, 22,3% a mais que no mesmo período do ano passado.
Os Estados Unidos lideraram como principal destino do café brasileiro, com 7,419 milhões de sacas importadas (16% do total). Em seguida, vêm Alemanha (7,228 milhões), Bélgica (4,070 milhões), Itália (3,702 milhões) e Japão (2,053 milhões).
A variedade arábica foi destaque, com 33,97 milhões de sacas exportadas até novembro, representando um crescimento de 23,2% em relação a 2023. Os cafés certificados por práticas sustentáveis ou de qualidade superior corresponderam a 17,5% das exportações, com 8,112 milhões de sacas enviadas ao exterior, aumento de 33,5% no mesmo intervalo.
Apesar do desempenho positivo, o Cecafé destaca desafios logísticos que impactam o setor, como a falta de infraestrutura portuária. Segundo o presidente da entidade, Márcio Ferreira, o recorde foi possível graças à resiliência dos exportadores, que tiveram de buscar alternativas para driblar os custos adicionais.
Com informações da Agência Brasil.