Entidades médicas rejeitam PL que propõe liberação de cigarros eletrônicos, alertando para riscos à saúde

Uma carta assinada por 80 entidades médicas, incluindo a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), manifesta oposição ao Projeto de Lei 5.008/2023, que pretende regulamentar a venda de cigarros eletrônicos no Brasil. O documento, divulgado nesta segunda-feira (19), destaca os graves riscos à saúde associados a esses dispositivos, comparando-os aos danos causados pelo cigarro convencional, como aumento do risco de câncer, doenças cardiovasculares e problemas respiratórios.

A carta integra as ações da campanha Agosto Branco, que visa conscientizar a população sobre o câncer de pulmão. No texto, as entidades classificam o projeto como “uma grave ameaça à saúde pública brasileira” e alertam para o potencial aumento de doenças relacionadas ao uso dos cigarros eletrônicos, incluindo a Doença Pulmonar Associada aos Produtos de Cigarro Eletrônico ou Vaping (Evali), que pode levar a condições graves como fibrose pulmonar.

A preocupação das entidades médicas se intensifica com a estimativa de três mil novos casos de tumores de traqueia, brônquios e pulmão apenas no estado do Rio de Janeiro para o triênio 2023-2025. Embora a venda de cigarros eletrônicos seja proibida atualmente, o aumento de seu uso e os riscos à saúde impulsionam a rejeição ao PL, que deve ser votado em uma comissão do Senado Federal nesta terça-feira (20).

As entidades médicas pedem a rejeição do projeto e defendem políticas de saúde pública mais rígidas para combater o uso dos dispositivos, visando a proteção da população brasileira

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