Inadimplência cai pelo terceiro mês, mas endividamento volta a subir, aponta CNC

O percentual de famílias com dívidas em atraso caiu pelo terceiro mês consecutivo em fevereiro, atingindo 28,6%, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da CNC. O índice de famílias que não terão condições de pagar suas dívidas também recuou, chegando a 12,3%.

Apesar da melhora na inadimplência, o endividamento geral voltou a crescer após duas quedas seguidas, alcançando 76,4% dos lares brasileiros. A alta pode estar relacionada à troca de dívidas por outras com condições mais vantajosas.

Tendências e projeções

A pesquisa revelou que o número de famílias com dívidas atrasadas há mais de 90 dias caiu pelo quarto mês seguido, chegando a 48,2% dos inadimplentes, o menor nível desde julho de 2024. Já o percentual de consumidores que comprometem mais da metade da renda com dívidas atingiu 20,5%, o menor índice desde novembro de 2024.

Por outro lado, o número de pessoas que se consideram “muito endividadas” subiu para 16,1%, o maior patamar desde setembro de 2024, enquanto apenas 23,5% afirmaram não ter esse tipo de dívida.

“As projeções indicam que o endividamento deve seguir crescendo, à medida que as famílias ganham confiança no uso do crédito, enquanto a inadimplência tende a continuar em queda ao longo de 2025”, avalia Felipe Tavares, economista-chefe da CNC.

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