Dólar atinge R$ 5,09 após dados de inflação nos EUA, estabelecendo novo recorde

Nesta quinta-feira (11), o mercado internacional ficou tenso devido às taxas de juros nos Estados Unidos, refletindo-se no cenário nacional, onde o dólar alcançou o maior patamar em mais de seis meses, enquanto a bolsa B3 registrou sua segunda queda consecutiva.

O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,09, com um aumento de R$ 0,013 (+0,25%). Apesar de iniciar o dia com uma pequena queda, a cotação mudou de direção após a divulgação dos dados de inflação ao produtor nos Estados Unidos, terminando o dia no seu ponto mais alto.

Este é o maior valor desde 9 de outubro do ano passado, com a moeda acumulando um aumento de 1,5% somente em abril. Em 2024, o dólar já registra uma alta de 4,88%.

No mercado de ações, o dia também foi agitado. O índice Ibovespa da B3 fechou aos 127.396 pontos, com uma queda de 0,51%. Isso contrastou com o desempenho positivo das bolsas norte-americanas e latino-americanas, que subiram durante o dia.

Os dados de inflação ao produtor nos Estados Unidos, que ficaram em 0,2% em março, abaixo das expectativas, não foram suficientes para compensar a preocupação gerada pelos números de inflação ao consumidor divulgados no dia anterior, que alcançaram 0,4% no último mês, superando as estimativas.

A inflação acima do previsto reduziu as chances de o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) começar a reduzir as taxas de juros em junho. As altas taxas de juros nas economias desenvolvidas incentivam a retirada de capital de países emergentes, como o Brasil, o que pressiona tanto o dólar quanto a bolsa.

O Fed leva em consideração tanto a inflação ao consumidor quanto a inflação ao produtor ao tomar suas decisões sobre as taxas de juros. A migração de recursos para os títulos do Tesouro dos EUA, considerados os investimentos mais seguros, resultou em uma alta do dólar em relação à maioria das moedas de economias emergentes nesta quinta-feira.

Deixe um comentário