O republicano Mike Johnson, apoiado por Donald Trump, foi reeleito presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos nesta sexta-feira (3). Johnson enfrentou resistência dentro de seu partido e só garantiu a vitória após Trump intervir diretamente, ligando para correligionários e pedindo apoio ao aliado.
Em seu primeiro discurso após a vitória, Johnson destacou que sua prioridade será reforçar a segurança nas fronteiras. “Em coordenação com o presidente Trump, garantiremos recursos para nossos agentes de fronteira, deportaremos imigrantes ilegais perigosos e completaremos a construção do muro na fronteira”, afirmou.
Além disso, Johnson se comprometeu a reduzir impostos, revisar políticas de energia limpa da gestão Biden e priorizar investimentos em combustíveis fósseis. Ele também anunciou a formação de um grupo liderado por ele, Elon Musk e Vivek Ramaswamy, para propor cortes de gastos no governo federal.
A vitória de Johnson reflete a apertada maioria republicana na Câmara, com 219 deputados —apenas um a mais que o necessário para a maioria. A votação expôs divisões internas, especialmente entre membros da ala “Freedom Caucus”, mais à direita, que inicialmente se opuseram a Johnson, mas cederam após apelos de Trump.
O novo Congresso, empossado nesta sexta, marca a consolidação republicana com maioria também no Senado (52 a 45, além de dois independentes). A vice-presidente derrotada Kamala Harris conduziu o juramento do Senado, onde JD Vance, eleito vice de Trump, assume como presidente simbólico.
Com essa configuração, o controle legislativo dos republicanos será liderado por figuras como John Thune, líder da maioria no Senado, e Mike Johnson na Câmara, que já sinalizou alinhamento total com a agenda de Trump.