O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, afirmou nesta terça-feira (15) que a Aneel está comprometida em colaborar com as investigações sobre a demora no restabelecimento da energia após um forte temporal atingir a região metropolitana de São Paulo na última sexta-feira (11). A tempestade, acompanhada por ventos superiores a 100 km/h, causou a morte de sete pessoas, além de danos materiais e interrupção do fornecimento de energia para cerca de 2,3 milhões de consumidores.
Desses, 2,1 milhões estavam em áreas atendidas pela Enel, e a empresa informou que até a tarde de segunda-feira (14), 96% das unidades já haviam recuperado o fornecimento. Feitosa ressaltou que desde o início do evento, a Aneel destacou equipes para acompanhar as ações da Enel e também pediu apoio de outras distribuidoras da região para ajudar a atender os consumidores afetados.
A Aneel, em resposta às recorrentes falhas da Enel, como as registradas em novembro de 2023, decidiu instaurar uma investigação sobre as falhas no serviço. A análise poderá levar à recomendação de caducidade da concessão da empresa, que será avaliada pelo Ministério de Minas e Energia.
Paralelamente, a Controladoria-Geral da União (CGU) anunciou uma auditoria completa para investigar as responsabilidades pelo apagão. Segundo o ministro Vinícius de Carvalho, a investigação incluirá a fiscalização da Aneel e a atuação da agência estadual. Além disso, o Tribunal de Contas da União (TCU) também vai analisar o caso.
O diretor-geral da Aneel, Feitosa, confirmou que se reuniria com o ministro do TCU, Augusto Nardes, e com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, para discutir as ações necessárias. Feitosa garantiu que a Aneel está à disposição para fornecer todas as informações necessárias às autoridades e está realizando inspeções nas áreas afetadas para cobrar das distribuidoras as medidas adequadas para evitar novos apagões.