Após o resultado negativo apontado na pesquisa Genial/Quaest na última segunda-feira (27), um novo levantamento divulgado nesta quarta-feira (29) reforça as preocupações do governo federal com a queda na popularidade do presidente Lula. O estudo, realizado pelo PoderData, ligado ao site Poder360, indica um aumento na desaprovação da gestão petista.
Segundo a pesquisa, a rejeição ao governo subiu de 48% para 51%, enquanto a aprovação recuou de 45% para 42%. Com isso, a diferença entre os que desaprovam e os que aprovam a administração federal cresceu de três para nove pontos percentuais, a maior já registrada neste terceiro mandato.
A comparação com os dados de janeiro de 2023, quando Lula iniciou seu governo, evidencia um declínio ainda mais acentuado na confiança da população. Na época, o governo era aprovado por 52% e desaprovado por 39%, uma vantagem de 13 pontos para o petista. Desde então, a aprovação caiu 10%, enquanto a rejeição subiu 12 pontos.
Entre a população de baixa renda, que recebe até dois salários mínimos, a desaprovação chegou a 48%, enquanto a aprovação ficou em 43%. No levantamento de dezembro, os índices eram de 46% e 44%, respectivamente.
No Nordeste, onde Lula historicamente tem forte apoio, a situação também se tornou menos favorável. Apesar de ainda ser mais aprovado do que rejeitado, a diferença diminuiu: 51% aprovam e 43% desaprovam seu governo. Há dois anos, essa margem era de 20 pontos percentuais.
O apoio ao presidente também caiu entre os católicos, de forma mais intensa do que entre os nordestinos. Atualmente, 48% desse grupo aprova a gestão petista, enquanto 43% a rejeita. Em dezembro, os índices eram de 52% e 40%, respectivamente.
Entre os evangélicos, segmento no qual Lula enfrenta mais resistência, a rejeição aumentou. Agora, 68% desaprovam seu governo, contra 26% que aprovam. No levantamento anterior, os índices eram de 63% e 29%, ampliando a distância de 34 para 42 pontos percentuais.
Até mesmo entre os eleitores que votaram em Lula na eleição de 2022, a aprovação recuou. Atualmente, 23% desse grupo desaprova sua gestão, contra 10% no início do mandato. Nos últimos dois anos, o apoio ao governo dentro desse eleitorado caiu de 87% para 73%.