As forças armadas de Israel bombardearam, neste sábado (10), a cidade de Rafah, no extremo sul do enclave palestino, matando cerca de 31 pessoas.
O ataque aconteceu horas após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenar que os militares se preparassem para evacuar os civis de Rafah, antes de uma ofensiva ampliada contra o Hamas.
Cerca de 1,5 milhão de palestinos estão na cidade em busca de refúgio das operações de combate israelenses que acontecem em todas as partes de Gaza. Os Estados Unidos alertaram Israel que uma invasão de Rafah seria um “desastre”, enquanto a União Europeia (UE) e a Organização das Nações Unidas (ONU) expressaram preocupação sobre a operação.
Ao menos quatro bombardeios foram registrados. 28 dos mortos foram vitimados em três ataques aéreos durante a madrugada, segundo autoridades de Gaza e jornalistas da Associated Press que viram os corpos chegarem ao hospital. Os mortos eram de três famílias distintas, incluindo 10 menores de idade. O mais novo, uma criança de 3 meses de idade.
No início desta semana, Netanyahu disse que ordenou às tropas que “se preparassem para operações” em Rafah e que a “vitória total” de Israel sobre o Hamas estava “a poucos meses de distância”. Os comentários foram feitos após rejeitar os últimos termos de cessar-fogo propostos pelo Hamas.