Autoridades de saúde acompanham dois casos confirmados de ‘vaca louca’ na Bahia

A Secretária de Saúde da Estado da Bahia e a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) acompanham dois casos confirmados da Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) conhecida popularmente como doença da vaca louca.

A doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) é uma doença neurodegenerativa, caracterizada por provocar uma desordem cerebral com perda de memória e tremores. É de rápida evolução, e de forma inevitável, leva à morte do paciente

Segundo a Sesab, ambos os registros são de pessoas residentes em Salvador e os pacientes estão internados em unidades hospitalares da capital. As ocorrências foram informadas ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Bahia) no último dia 6 de outubro. 

Apenas neste ano, foram confirmados na Bahia cinco casos da doença, todos em moradores da capital. Destes, dois estão internados, dois foram a óbito e um está sendo investigado.

Em 2021 três casos foram notificados, um residente em Salvador, Simões Filho e outro em Serrolândia. Destes casos, dois foram a óbito e o terceiro a situação do paciente está em investigação pela Vigilância Epidemiológica.

AGRAVAMENTO


A “doença da vaca louca” tem como principal sintoma a rápida deterioração mental (em apenas poucos meses) e pode fazer com que algumas pessoas que estejam infectadas entrem em coma. O período de incubação para manifestação desta doença pode prolongar-se por até 30 anos.

Existem quatro tipos de formas clínicas da “vaca louca”: a esporádica, que tem uma causa ou fonte infecciosa conhecida, com transmissibilidade de pessoa a pessoa; a hereditária, passada geneticamente; a latrogênica, decorrente de procedimentos cirúrgicos ou instrumentos neurocirúrgicos contaminados; e a vDCJ, provocada pelo consumo de carne e subprodutos contaminados.

O Brasil é considerado como um território de risco insignificante para o agravo, segundo a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Nas últimas décadas alguns casos isolados, devidamente controlados e eliminados, foram identificados no país. A última epidemia foi vista nos anos 2000, na Grã-Bretanha e no Japão.

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