A Azul Linhas Aéreas (AZUL4) registrou um dos maiores recuos no pregão desta segunda-feira (12), liderando as perdas do Ibovespa (IBOV) após divulgar seu balanço financeiro do segundo trimestre de 2024 (2T24). As ações da companhia encerraram o dia com uma queda de 11,95%, cotadas a R$ 7,00, marcando o menor valor desde março de 2023.
O balanço trimestral revelou um prejuízo líquido ajustado de R$ 744,4 milhões, um aumento de 31,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Especialistas apontam que o desempenho operacional negativo e o impacto da variação cambial contribuíram significativamente para os resultados desfavoráveis.
A Azul destacou que as enchentes ocorridas no estado do Rio Grande do Sul em maio e a redução temporária de 8% na capacidade internacional foram os principais fatores que influenciaram a queda na receita. A empresa afirmou que, sem esses contratempos, as receitas líquidas teriam superado as do segundo trimestre de 2023.
Em resposta aos desafios financeiros, a Azul revisou suas projeções para o restante do ano. A expectativa de crescimento da oferta foi reduzida de 11% para 7%. A previsão para o Ebitda foi ajustada de “aproximadamente 6,5 bilhões de reais” para “mais de 6 bilhões de reais”. Além disso, a companhia revisou sua alavancagem financeira, projetando uma redução da relação dívida líquida sobre Ebitda de aproximadamente 4,2 vezes para cerca de 3 vezes.
A Azul está implementando um plano econômico ajustado para enfrentar as dificuldades atuais, buscando otimizar suas operações e fortalecer sua posição no mercado. A empresa mantém o compromisso de melhorar sua eficiência operacional e recuperar sua rentabilidade no futuro próximo, apesar dos desafios enfrentados neste trimestre.