Bahia Sem Fome: programa reduz em 50% o número de pessoas em vulnerabilidade alimentar

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) fez um balanço do programa Bahia Sem Fome na segunda-feira (30), no Centro Administrativo da Bahia, em Salvador, destacando que, em dois anos, o programa conseguiu reduzir em 50% o número de pessoas em situação de fome no estado. Ele ressaltou a importância das parcerias com municípios, empresas e outras entidades para esse avanço e reforçou o compromisso de expandir as ações do programa em 2025.

Segundo o governador, o programa representa um marco na luta contra a fome na Bahia: “Em dois anos de gestão, conseguimos reduzir pela metade o número de pessoas no mapa da fome. Isso só foi possível graças ao esforço conjunto de prefeitos, empresas, deputados e instituições de segurança alimentar”, afirmou.

Tiago Pereira, coordenador do programa, também comentou sobre os resultados e os desafios que ainda persistem. Ele destacou que um milhão de pessoas foram retiradas da insegurança alimentar grave, mas afirmou que ainda há muito trabalho a ser feito. O Bahia Sem Fome conta com mais de 170 empresas parceiras e investimentos estaduais, alinhando-se ao Plano Brasil Sem Fome. O foco, segundo Pereira, é garantir o acesso à alimentação, água, renda e fortalecer a economia local.

Criado para fortalecer o sistema estadual de segurança alimentar, o Bahia Sem Fome tem se consolidado como uma das prioridades do Governo da Bahia desde sua adesão à política nacional em 2011. Em 2024, o programa anunciou os resultados do edital Comida no Prato I e lançou o Comida no Prato II, abrangendo todos os 417 municípios do estado. O primeiro edital, de 2023, investiu R$ 24,2 milhões e beneficiou 50 organizações, alcançando 100 cozinhas comunitárias em 14 regiões da Bahia.

O segundo edital tem como meta distribuir 5,5 milhões de refeições ao longo de 12 meses, beneficiando 30 mil pessoas por dia. Com o apoio de 150 cozinhas comunitárias em 403 municípios, cada uma delas recebeu R$ 242 mil para atender, diariamente, 200 pessoas.

Além disso, o programa oferece cestas básicas para pessoas em situação de rua ou extrema vulnerabilidade, bem como para famílias afetadas por emergências e eventos climáticos. O Bahia Sem Fome também tem implementado ações estruturantes, como o acesso à água e apoio à agricultura familiar, com o objetivo de fortalecer a produção local e abastecer a alimentação escolar, beneficiando a economia regional.

Com um investimento superior a R$ 50 milhões, o programa implementou tecnologias de captação e armazenamento de água, como cisternas e barreiros, para beneficiar comunidades do semiárido baiano. Além disso, o número de beneficiários do Bolsa Presença, programa de apoio financeiro a famílias de estudantes da rede pública em situação de vulnerabilidade, foi ampliado, reforçando a segurança alimentar e incentivando a permanência escolar.

Tiago Pereira também destacou a importância da aquisição de alimentos da agricultura familiar para a merenda escolar, incentivando a produção local e oferecendo refeições nutritivas aos estudantes.

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