Carlinhos Brown defende liberdade na Axé Music: “O axé é ecumênico, cabe tudo”

Durante uma edição especial de verão do programa Sem Censura, transmitido diretamente de Salvador, Carlinhos Brown falou sobre a espiritualidade na Axé Music e defendeu a pluralidade do movimento. Em conversa com Cissa Guimarães, o músico enfatizou que o axé é “ecumênico” e acolhe todas as expressões, celebrando a diversidade.

“O axé é ecumênico, cabe tudo. O axé canta de tudo. Claro que houve um tempo em que não éramos permitidos pelo candomblé de usar atabaques ou fazer cânticos de fundamento, que foi respeitado até o momento que foi permitido”, afirmou Brown. Ele lembrou que no início do gênero, certos instrumentos religiosos não podiam ser usados por respeito às tradições do candomblé.

Brown já havia se posicionado sobre a recente polêmica envolvendo Claudia Leitte, que alterou a letra da música “Caranguejo (Cata Caranguejo)”, trocando a referência a Yemanjá por Yeshua. O debate trouxe à tona a relação da Axé Music com a espiritualidade e o respeito às raízes religiosas.

O discurso do cantor contou com o apoio de Sarajane, também convidada do programa, que destacou: “A própria espiritualidade disse que tinha que abrir o caminho”. Brown complementou ressaltando a importância do respeito entre religiões: “A espiritualidade nos ensinou a nos respeitar e todas as coisas a gente tem como gratidão”.

A jornalista Tia Má e a cantora Ivete Sangalo também opinaram sobre o tema. Para Ivete, a importância da religião dentro do Axé Music é inquestionável: “O Axé Music é uma bênção daqueles deuses que dançam quando estão na terra”, disse a artista, reforçando que é necessário reconhecer e respeitar o papel espiritual do movimento.

Deixe um comentário