No ano passado, a Bahia registrou um total de 47.753 casos de dengue, conforme dados da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Essa cifra representa um aumento de 33% em comparação a 2022. Esse crescimento é consideravelmente mais elevado do que a média nacional, que teve um aumento de 15,8%, passando de 1,3 milhão de casos em 2022 para 1,6 milhão no último ano.
O resultado baiano representa 322,4 ocorrências por 100 mil habitantes. Só no primeiro semestre do ano, foram nove mortes causadas pela doença. A dengue, assim como a zika e a chikungunya, são adquiridas e transmitidas pela picada do mosquito aedes aegypti. A única forma de evitar as três doenças é combatendo o mosquito, por meio da eliminação dos criadouros nas casas, no trabalho e nas áreas públicas.
Na última quarta-feira (3), a cidade de Dourados, em Mato Grosso do Sul, se tornou a primeira cidade do mundo a iniciar a vacinação em massa contra a dengue.
O Brasil, no entanto, só deve passar a adotar a vacina no calendário nacional de vacinação em fevereiro. A expectativa é que a Takeda, farmacêutica responsável pelo imunizante, entregue cerca de 6,2 milhões de doses em 2024. Desse total, 1,2 milhão será por meio de doação e os outros 5 milhões pelo contrato de compra.
Cerca de 3,1 milhões de pessoas devem ser vacinadas neste primeiro ano da campanha, já que o esquema vacinal completo envolve duas doses.