O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (1º), atingindo R$ 5,736, o maior valor desde dezembro de 2021, refletindo um cenário de cautela nos mercados globais. A moeda norte-americana subiu 1,43% no dia, acumulando uma valorização de 18,24% no ano de 2024. Esse movimento foi impulsionado por novos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos e expectativas em torno das políticas monetárias do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central (BC) brasileiro.
O Fed manteve as taxas de juros no maior patamar em mais de duas décadas, mas sinalizou a possibilidade de iniciar um ciclo de cortes a partir de setembro. No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC manteve a taxa Selic em 10,5% ao ano pela segunda reunião consecutiva, emitindo um comunicado com tom cauteloso sobre os riscos econômicos. Apesar disso, o mercado descarta novos aumentos de juros a curto prazo.
Além do dólar, o clima de aversão ao risco impactou o mercado de ouro, que atingiu novos recordes intradiários, e o mercado de criptoativos, que também sofreu perdas.
No mercado de ações, o Ibovespa acompanhou as quedas em Wall Street e nas bolsas europeias, fechando em baixa de 0,2%, aos 127.395 pontos. As quedas das ações de grandes empresas como Vale (VALE3), que recuou 2,24% devido a resultados mistos do minério de ferro, e Petrobras (PETR4), que caiu 1,52% após uma queda de 4% no preço do petróleo, contribuíram para o desempenho negativo do índice.