Dólar se aproxima de R$ 6 após Trump elevar tarifas contra China para 104%

O mercado financeiro enfrentou mais um dia de forte instabilidade nesta terça-feira (8), com o dólar comercial se aproximando dos R$ 6 após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar o aumento das tarifas comerciais para a China, que passarão a 104%. A medida intensificou os temores de uma recessão global e provocou reações imediatas nas bolsas e no câmbio.

A moeda norte-americana encerrou o dia cotada a R$ 5,997, com alta de R$ 0,087 (+1,47%). Nas primeiras horas do pregão, o dólar chegou a cair para R$ 5,86, acompanhando o otimismo das bolsas asiáticas e europeias. No entanto, a divulgação da nova tarifa mudou o rumo do mercado por volta das 11h, mantendo a divisa próxima dos R$ 6 pelo restante do dia. Em apenas quatro sessões, o dólar acumulou valorização de R$ 0,40 e atingiu o maior nível desde 21 de janeiro, quando fechou a R$ 6,03.

A bolsa brasileira também foi afetada. O Ibovespa chegou a subir 1,53% pela manhã, mas reverteu o movimento e encerrou com queda de 1,32%, aos 123.932 pontos — o menor patamar desde 12 de março.

O conflito comercial entre Estados Unidos e China ganhou novos capítulos durante a madrugada, quando o governo chinês reafirmou que manterá a sobretaxa de 34% em resposta às tarifas impostas por Washington. Na semana passada, os EUA já haviam anunciado medidas tarifárias contra diversos países.

Por volta do fim da manhã, a secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou que a nova alíquota de 104% sobre produtos chineses começará a valer nesta quarta-feira (9). A decisão ampliou a aversão ao risco no mercado global, alimentando receios sobre os impactos da guerra comercial na economia mundial.

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