O mês de outubro chega trazendo um fenômeno astronômico que poderá ser visto de todo o Brasil. O eclipse do Sol será visível como parcial em todo o País no dia 14 de outubro.
Aqueles que estiverem nos estados do Amazonas, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco poderão apreciar o eclipse anular do Sol — quando uma espécie de “anel de fogo” brilhante ao redor da borda da estrela central se forma.
A maneira como o fenômeno se apresentará no Norte e Nordeste é causada pelo alinhamento específico da Lua entre a Terra e o Sol, segundo informações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Nesses casos, a Lua está no ponto mais distante de sua órbita da Terra, no que os astrônomos chamam “apogeu”. Assim, seu diâmetro aparente é menor do que o do Sol, possibilitando a aparição do anel.
O evento terá 2 horas e 7 minutos de duração, tendo seu ápice às 16h51, no horário de Brasília, e terminando às 17h50.
De acordo com a astrônoma Josina Nascimento, do Observatório Nacional, o fenômeno não é incomum, porém “temos a sensação de que é um fenômeno raro, porque o eclipse é visível somente para quem está na faixa de totalidade ou anularidade. Mas em uma faixa bem maior da Terra, o eclipse é visível de forma parcial”.
Para observar o fenômeno, Josina lembra que em hipótese alguma deve-se olhar diretamente para o Sol, sem o uso de filtros solares apropriados, porque poucos segundos de exposição podem causar danos à retina. Uma dica é observar o eclipse de maneira indireta, usando aparatos que podem ser construídos em casa.
“Pode-se simplesmente usar um pedaço de papelão, como por exemplo uma tampa de caixa de pizza, e fazer um furo no meio. Coloca-se um papel branco no chão e direciona-se o furo para a direção do sol. O eclipse é visto tranquilamente no papel no chão”, diz a astrônoma.
Além disso, um eclipse parcial da Lua deverá acontecer no dia 28 de outubro, segundo informações do portal Time and Date. O fenômeno será visível de alguns estados do Brasil, embora o MCTI ainda não tenha divulgado mais informações do fenômeno.