O uso abusivo de zolpidem, um medicamento prescrito para o tratamento da insônia, está se tornando um problema crescente no Brasil. Em resposta, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) alterou as regras para a prescrição deste medicamento nesta semana.
Com a nova regulamentação, qualquer medicamento contendo zolpidem agora deve ser prescrito utilizando a Notificação de Receita B (azul), uma vez que o produto está listado como uma substância psicotrópica sob a norma de substâncias controladas no Brasil.
Esse tipo de receita exige que o profissional de saúde que prescreve o remédio seja previamente cadastrado na autoridade local de vigilância sanitária.
Especialistas alertam que o Brasil enfrenta uma ‘epidemia de zolpidem’. Introduzido no país em meados da década de 1990, o zolpidem foi inicialmente promovido como uma solução rápida, eficaz e com menor risco de abuso em comparação com outros medicamentos para insônia.
Contudo, quase 30 anos depois, há inúmeros casos de pacientes severamente dependentes do medicamento, com alguns consumindo entre 10 e 56 comprimidos por dia.
De acordo com o jornal O Globo, estudos indicam que há pessoas que ingerem doses ainda mais elevadas, variando entre 170 e 240 comprimidos em um período de 24 horas.
O zolpidem induz ao sono entre 15 e 30 minutos após a ingestão, por isso é recomendado que a pessoa o tome imediatamente antes de dormir.