Estudo aponta que redes da Meta facilitam golpes financeiros e desinformação

Um estudo do Laboratório de Estudos de Internet e Redes Sociais (NetLab), da UFRJ, revelou que as redes sociais da Meta, como Facebook, Instagram e WhatsApp, são amplamente utilizadas por golpistas para disseminar anúncios fraudulentos e aplicar golpes financeiros. O levantamento identificou 1.770 anúncios maliciosos e 87 sites fraudulentos, destacando falhas nos mecanismos de verificação da plataforma.

A pesquisa analisou anúncios entre 10 e 21 de janeiro, período marcado pela revogação da Instrução Normativa 2.219/2024 da Receita Federal. A decisão do governo de recuar na medida buscava conter a desinformação sobre uma suposta taxação do Pix. No entanto, segundo o NetLab, o número de anúncios fraudulentos cresceu 35% após a revogação.

Entre as estratégias utilizadas pelos golpistas estão páginas falsas que simulam órgãos públicos e programas fictícios, como “Resgata Brasil” e “Benefício Cidadão”. Além disso, 70% dos anúncios usaram inteligência artificial para criar deepfakes de figuras públicas, incluindo Nikolas Ferreira, Fernando Haddad e William Bonner.

Outro estudo citado no relatório mostrou que 79,3% dos golpes denunciados no Brasil tiveram origem em plataformas da Meta, sendo o WhatsApp o principal canal. Os pesquisadores alertam que a falta de controle sobre anúncios enganosos compromete a credibilidade de instituições e favorece crimes financeiros.

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