O governo dos EUA, liderado por Donald Trump, aplicará novas tarifas sobre produtos do México, Canadá e China a partir de sábado (1º de fevereiro), conforme anunciado pela porta-voz Leavitt em coletiva de imprensa. A medida foi antecipada para entrar em vigor antes do esperado, em 1º de março.
O aumento das tarifas está relacionado às acusações de que a China estaria envolvida no comércio de fentanil, uma droga sintética responsável pela crise de opioides nos EUA. Trump também mencionou a possibilidade de isenções para o petróleo vindo do Canadá e México, temendo que isso eleve os preços da gasolina.
Em resposta, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, alertou que o Canadá adotaria contramedidas, mencionando a possibilidade de taxas sobre produtos dos EUA, como o suco de laranja da Flórida, um item estratégico para Trump. Além disso, o Canadá prepara uma lista de alvos que pode afetar até 150 bilhões de dólares canadenses em importações dos EUA.
No México, a presidente Claudia Sheinbaum adotou uma postura mais cautelosa, prometendo defender a soberania nacional e priorizar o diálogo. Já a China expressou sua colaboração no combate ao tráfico de fentanil, esperando que os EUA reconheçam a boa vontade do país.
Esta não é a primeira vez que os EUA adotam medidas protecionistas. Durante seu primeiro mandato, Trump impôs tarifas à China, resultando em uma guerra comercial com tarifas mútuas sobre produtos como soja e equipamentos eletrônicos.