A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro (PL), apresentada na terça-feira (18), se sustenta em um vasto conjunto de provas, especialmente nos episódios envolvendo a chamada “minuta do golpe” e os ataques infundados às urnas eletrônicas. Documentos, atos públicos e depoimentos reforçam a acusação e dificultam interpretações divergentes.
Versões da minuta golpista foram encontradas em locais ligados a Bolsonaro e aliados, incluindo a casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres e dispositivos do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Além disso, delações e testemunhos de altos comandantes das Forças Armadas indicam que a proposta foi apresentada a eles em reuniões nos dias 7 e 14 de dezembro de 2022.
O ataque ao sistema eleitoral também integra a denúncia, com provas de que Bolsonaro propagou desinformação sobre fraudes sem apresentar qualquer evidência. Lives, entrevistas e discursos registram tentativas de descredibilizar as eleições, criando ambiente propício para ruptura institucional.
Embora a PGR vá além da Polícia Federal ao responsabilizar Bolsonaro pelo 8 de janeiro e citar suposta anuência a planos de assassinato de autoridades, as provas sobre a conspiração golpista tornam a acusação mais difícil de contestar.