O secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, afirmou, na manhã desta segunda-feira (24), que o governo estadual pode decretar medidas ainda mais rigorosas. A decisão depende se número de pessoas que precisem de leitos de Unidade Terapia Intensiva (UTI) siga em crescimento nesta semana na Bahia.
Segundo ele, a Bahia está em uma “situação extremamente pressionada, mas que pelo menos parou de piorar gravemente como estava no começo da semana passada”. A declaração ocorreu durante o Jornal da Manhã, programa da TV Bahia.
No domingo (23), o governo da Bahia prorrogou o toque de recolher em todo o estado até o dia 1º de junho e proibiu a venda de bebida alcoólica, inclusive por sistema de entrega em domicílio (delivery), das 18h de 28 maio até 5h de 31 de maio.
“Eu classificaria essas medidas como um estado ainda ‘light’ do que poderá ser, porque felizmente ao longo da semana, a coisa não degenerou de vez e a gente não entrou em uma situação de crise, mas se persistirem essas atitudes de flagrante e desobediência ao distanciamento, se continuar subindo na velocidade que vinha subindo na semana passada e nós chegarmos em uma situação de crise, de pessoas sem terem onde serem internadas, não há dúvidas de que as medidas deverão se tornar mais rigorosas”, disse Fábio Vilas-Boas.
O secretário de Saúde revelou que, no mês de abril, 50 pacientes esperavam de um dia para o outro, por leitos de UTI, na Bahia. Atualmente esse número subiu para 150 pessoas, sendo que outras 150 aguardam por leitos clínicos.
“Então isso não é confortável. Nós estamos em uma situação extremamente pressionada, mas que pelo menos parou de piorar gravemente como estava no começo da semana passada”, afirmou.
• Vendas de bebida alcoólica na Pandemia
Segundo Fábio Vilas-Boas, poderá chegar o momento em que governo tenha que proibir o funcionamento de fábricas que produzem cerveja no estado.
“Nesse final de semana, em plena pandemia, vocês devem ter visto, as fábricas de cerveja anunciaram que atingiram o pico histórico de vendas no Brasil, então é o motor por trás disso aí, ninguém faz um ‘reggae’ desse aí sem está movido a cerveja, que é a bebida mais bebida da Bahia”, contou.