Uma ação meticulosamente planejada resultou na invasão e ocupação de uma fazenda de 8 mil hectares no município de Cocos, localizado no Oeste Baiano, próximo à divisa com Minas Gerais. Segundo o jornal A Tarde, o incidente ocorreu em dezembro do ano passado e, apesar de três solicitações de reintegração de posse, o sistema judicial da Bahia ainda não emitiu um parecer sobre o caso.
Uma investigação policial foi iniciada para apurar a invasão. A delegada Luzmaia Cecilia de Souza e Silva ordenou buscas na fazenda e interrogou tanto os trabalhadores expulsos quanto os responsáveis pela ocupação. Até o momento, nenhuma prisão foi realizada, e a fazenda permanece sob controle dos invasores.
Conforme relata a publicação, a propriedade, que abriga cerca de 700 cabeças de gado, foi invadida na ausência do gerente e parceiro do proprietário, José Eurico da Silva.
O advogado Joel Mendes, representante do proprietário da fazenda, revelou que o inquérito policial identificou pelo menos dois ex-membros de forças militares entre os invasores, ambos originários do Rio de Janeiro. Um deles possui histórico na Marinha e o outro na Polícia Militar, o que levanta a suspeita de uma possível milícia contratada para pressionar os proprietários da terra.
Joel protocolou três solicitações de reintegração de posse com base nas conclusões do inquérito policial. O primeiro pedido foi feito três dias após a invasão, em 22 de dezembro do ano passado, seguido por outro em 24 de janeiro e um terceiro em 17 de março. No entanto, até o momento, o juiz Victor Bruno Ribeiro Fainz Trapaga ainda não analisou nenhuma das solicitações.