Nesta segunda-feira (04), a França se tornou o primeiro país a incluir a proteção da “liberdade garantida das mulheres” para realizar abortos em sua Constituição. O Palácio de Versalhes foi o cenário dessa votação histórica, que recebeu 780 votos favoráveis após uma longa trajetória de debates.
A alteração na Carta Magna foi aprovada em uma sessão conjunta das duas Casas legislativas, a Assembleia Nacional e o Senado, e deve ser oficializada pelo presidente Emmanuel Macron no Dia Internacional da Mulher, na próxima sexta-feira (8). Se validada, a emenda inserirá o fragmento “A lei determinará as condições sob as quais a mulher é livre para interromper voluntariamente a gravidez” no artigo 34 da Constituição.
“Este é um passo fundamental que estamos dando hoje. Uma etapa que será lembrada na história, uma etapa que deve tudo às anteriores”, enfatizou o primeiro-ministro Gabriel Attal em seu discurso no Congresso, conforme citado pelo Le Monde.
Cidadãos franceses, acompanhados de bandeiras roxas em apoio à causa, acompanharam a votação por meio de um telão instalado pela prefeitura de Paris e pela ONG Women’s Foundation na praça do Trocádero, na capital.