Nesta semana, o governo brasileiro mobilizou a Petrobras para ajudar a Argentina a desbloquear o fornecimento de gás natural da estatal e evitar um colapso energético no país. Conforme informações da CNN, no dia 22, o governo argentino contratou urgentemente um navio com 44 milhões de metros cúbicos de gás liquefeito (GNL) da empresa brasileira.
A crise energética já estava impactando significativamente a atividade industrial na Argentina, resultando em filas e fechamentos de postos de gasolina. Um frio atípico nas últimas semanas agravou a escassez de combustível no país, que normalmente experimenta um aumento no consumo de gás à medida que o inverno se aproxima.
Apesar de fornecer a ajuda emergencial, a Petrobras inicialmente recusou a carta de crédito do Banco de la Nación apresentada pela Enarsa, estatal de energia argentina, solicitando um novo documento. Em resposta, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, foi acionado e interveio diretamente na situação, tentando resolver o impasse com a estatal.
Após intensas negociações e comunicações, a Enarsa emitiu uma nova carta de crédito na manhã de quarta-feira (29), permitindo que o abastecimento começasse imediatamente, aliviando a crise energética na Argentina, segundo a reportagem.
Em nota, a Petrobras afirmou que “a operação de venda de GNL entre a Petrobras e a Enarsa ocorreu conforme acordado em contrato. Ambas as empresas trabalharam para viabilizar o início do fornecimento no menor prazo possível”.
A ação foi elogiada pelo representante da Casa Rosada, Manuel Adorni, que agradeceu publicamente à Petrobras e à diplomacia brasileira pela rápida resolução do problema.
“Precisamos ser gratos e reconhecer quando as coisas são bem feitas. Foi uma questão muito sensível e grave para os setores que dependiam do gás. A rapidez na solução do problema com a carta de crédito foi notável. Quando estamos satisfeitos com essas resoluções em momentos críticos, é importante mencionar e agradecer”, disse Adorni.