Governo Lula amplia crédito e libera R$ 51 bi a estados e municípios em 2024

O governo federal, sob a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), autorizou R$ 51,2 bilhões em novos empréstimos para estados e municípios em 2024, representando um aumento de 18,1% em relação aos R$ 43,3 bilhões de 2023. Os dados, coletados pelo Banco Central, refletem uma política de financiamento mais ampla, impulsionada por bancos públicos.

Nos dois primeiros anos do governo, os repasses totalizam R$ 94,5 bilhões. No entanto, economistas alertam que esse crescimento pode gerar riscos de desequilíbrios financeiros, semelhantes aos enfrentados durante o governo Dilma Rousseff (PT), quando flexibilizações contribuíram para crises fiscais em estados.

Embora parte dos recursos seja destinada a investimentos, especialistas indicam que alguns governos utilizam os valores para despesas correntes, como salários, desviando a finalidade original. Esse tipo de manobra pode resultar em dificuldades futuras, especialmente em cenários de desaceleração econômica e queda na arrecadação do ICMS, principal fonte de receita dos estados.

Outro fator de preocupação é o aumento de despesas em estados e municípios, que atingiram R$ 630 bilhões no terceiro trimestre de 2024, superando os gastos do governo central. Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional dos Municípios, criticou o fluxo de recursos com destinos predeterminados, afirmando que eles não atendem às necessidades mais urgentes.

O BNDES e o Banco do Brasil lideraram o crescimento no volume de empréstimos, com ambos defendendo o retorno às suas funções históricas de crédito ao setor público. Entretanto, o aumento dessas operações pode alimentar a inflação e dificultar os esforços do Banco Central no controle dos juros.

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