Homem é sentenciado a mais de 53 anos de prisão por homicídio após ação do MPBA

O Ministério Público da Bahia (MPBA) conseguiu a condenação de Roberto José da Silva a 53 anos, 7 meses e 15 dias de prisão pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, três tentativas de homicídio e posse ilegal de arma de fogo. A sentença foi proferida pelo Tribunal do Júri de Itabuna em 3 de setembro, reconhecendo tanto a violência quanto a premeditação das ações do réu. A soma das penas chegou a mais de 53 anos: 17 anos, 10 meses e 15 dias pelo homicídio consumado, e 11 anos e 11 meses para cada uma das tentativas de homicídio.

De acordo com o MPBA, os crimes ocorreram na madrugada de 24 de julho de 2021, em um terreno próximo à empresa “Daniela Transportes”, nas proximidades do Posto Atalaia, na BR-101. Roberto José da Silva se aproximou de Rodrigo Silva dos Santos, A.B.F., C.A.A.J., e M.S.R., atirando várias vezes contra eles. Rodrigo morreu no local, enquanto os outros três ficaram gravemente feridos, mas sobreviveram ao ataque. A investigação apontou que o grupo estava em um local conhecido como ponto de prostituição, o que teria irritado o réu, que trabalhava como segurança na área.

Segundo a acusação, as vítimas chegaram ao local em uma caminhonete branca e estacionaram perto de alguns caminhões. Pouco tempo depois, Roberto se aproximou, questionou suas intenções e, sem aviso, começou a atirar. Rodrigo foi atingido fatalmente na testa enquanto tentava ajudar os amigos. Uma das vítimas foi baleada no rosto e no braço, sofrendo fraturas múltiplas; outra foi atingida nas costas e no peito, e a terceira vítima se fingiu de morta após ser ferida nos braços para escapar com vida. “A ação rápida e violenta de Roberto não deu chance de defesa às vítimas”, afirmou a promotora de Justiça Caroline Longhi, responsável pelo caso.

Na acusação, a promotora destacou que o réu demonstrou irritação ao ver as vítimas próximas ao posto, onde atuava como segurança. “Ao notar que o local estava sendo usado para um encontro sexual, Roberto decidiu atirar contra as quatro pessoas”, ressaltou. Ela também enfatizou que o réu agiu de forma silenciosa, o que impediu qualquer reação das vítimas. “A pena de mais de 53 anos reflete a gravidade e crueldade dos crimes, garantindo que essa violência não fique impune”, concluiu Caroline Longhi.

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