Uma idosa de 77 anos foi detida injustamente devido a um equívoco judicial. O incidente ocorreu na comunidade Aldeia do Odino, zona rural de Bacabal, no Maranhão.
Francisca Alves Feitosa dos Santos, aposentada, passou a noite de 27 de fevereiro na delegacia, sem receber alimentação adequada, após ser presa com base em um mandado de prisão definitiva por tráfico de drogas, emitido pela Justiça de Rondônia.
Ao chegar na delegacia, a família de Francisca descobriu que o mandado a acusava de ter dirigido um veículo transportando drogas em 2020, em Porto Velho. No entanto, a idosa não possui carteira de habilitação e nunca esteve em Rondônia.
Na manhã seguinte, Francisca foi transferida para o Presídio de Bacabal, com a intenção de ser levada ao sistema penitenciário de São Luís. Contudo, antes da transferência, a Justiça reconheceu o erro e ordenou a libertação da idosa. Ela havia sido confundida com Diego Alves de Sousa, preso em 2020 por tráfico e condenado a cinco anos e dez meses de prisão em Rondônia.
A família da idosa afirma que, além do impacto emocional causado pelo susto e pela detenção, uma sobrinha de 45 anos, Irene Feitosa, faleceu devido ao estresse. Irene teria sofrido um infarto e morreu no hospital após saber da prisão. “Ela passou mal, sentiu uma dor no peito. Foi levada para o hospital e teve um infarto fatal. Então, a prisão da minha mãe causou a morte da minha prima”, relatou Maria Rita Alves, filha de Francisca, à TV Mirante.
Em uma declaração oficial, a Justiça de Rondônia explicou que ocorreu um erro material nos dados enviados ao Banco Nacional de Mandados de Prisão e que todas as medidas administrativas para investigar e corrigir o caso foram tomadas. Não foram fornecidos detalhes sobre como o nome da idosa foi incluído no banco de dados.