O filme brasileiro “Ainda Estou Aqui” estreou nesta quinta-feira (20) em diversos países da América Latina, incluindo México, Argentina, Uruguai, Equador e Peru. Na sexta-feira (21), foi a vez de Espanha e Inglaterra exibirem o longa, que concorre a três categorias no Oscar: melhor filme, melhor filme internacional e melhor atriz, pelo papel de Fernanda Torres.
A recepção internacional tem sido positiva. No México, onde 16,3 mil pessoas assistiram ao filme, o cineasta Alejandro González Iñárritu elogiou a obra. “Walter Salles faz brilhar a luz do cinema por uma fenda na intransponível muralha da violência. Um filme de profunda sensibilidade e delicadeza, apesar da brutalidade que retrata”, declarou o diretor de “Birdman”, vencedor de três estatuetas no Oscar 2015.
Na Argentina, o jornal Clarín classificou o filme como “apaixonante e cada vez mais comovente à medida que se desenvolve”, considerando-o um dos melhores trabalhos de Walter Salles. No primeiro dia de exibição no país, 1,1 mil argentinos compareceram aos cinemas para assistir à obra.
O espanhol El País destacou a forma como o longa aborda a ditadura militar brasileira com “complexidade e sutileza”, ressaltando a atuação de Fernanda Torres: “Você tem a sensação de que tudo é real. E tem uma excelente atriz, sóbria, com classe, revelando o que acontece dentro dessa mulher dilacerada, sem fazer o menor estardalhaço, sem pedir que você tenha pena dela, com um olhar e uma atitude permanentemente dignos”.
No Brasil, “Ainda Estou Aqui” já ultrapassou 5,1 milhões de espectadores desde sua estreia, em novembro, e segue em cartaz em 650 salas pelo país.