O Exército israelense informou neste domingo (16) que fará pausas táticas diárias em suas operações militares ao longo de uma estrada principal no sul de Gaza, para permitir que mais ajuda humanitária chegue ao enclave, onde organizações internacionais alertam sobre uma crescente crise humanitária.
Os combates na cidade de Rafah, onde Israel está focado em atacar as brigadas remanescentes do movimento militante islâmico Hamas, continuarão, de acordo com os militares.
A atividade militar será interrompida diariamente das 5h às 16h (hora local) até nova ordem, ao longo da estrada que vai do cruzamento de Kerem Shalom até a estrada de Salah al-Din e depois para o norte.
Apesar da pressão internacional crescente por um cessar-fogo, um acordo para interromper os combates ainda parece distante, mais de oito meses após o início do conflito.
O Hezbollah, apoiado pelo Irã no Líbano, abriu uma segunda frente contra Israel logo após o ataque do Hamas em 7 de outubro. Os combates na fronteira entre Israel e o Líbano agora ameaçam se transformar em um conflito mais amplo. Dezenas de milhares de pessoas foram deslocadas de ambos os lados da fronteira.
Em mais um sinal de que os combates em Gaza podem se prolongar, o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciou hoje que está prorrogando até 15 de agosto o financiamento de hotéis e pensões para moradores retirados das cidades fronteiriças do sul de Israel.
O Hamas liderou um ataque no sul de Israel em 7 de outubro, no qual 1.200 pessoas foram mortas e mais de 250 feitas reféns, segundo registros israelenses.
Pelo menos 37.296 palestinos foram mortos na campanha militar de Israel, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.