O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, desconsiderou a pressão internacional e ordenou a invasão de uma base da missão de paz da ONU no Líbano neste domingo (13), de acordo com as Nações Unidas. O ataque teve como alvo, novamente, a Unifil (Força Interina das Nações Unidas no Líbano), poucos dias após outras ofensivas.
Na quinta-feira (10) e sexta-feira (11), Israel bombardeou posições das tropas da ONU no sul do Líbano, país que foi invadido em 30 de setembro. Esses ataques resultaram em ferimentos em cinco capacetes azuis e geraram forte condenação da comunidade internacional.
De acordo com a Folha de S. Paulo, Netanyahu declarou neste domingo que os soldados da missão de paz da ONU devem se retirar das áreas de combate no Líbano, afirmando que a presença das tropas no local as expõe ao controle do Hezbollah.
“É hora de retirar a Unifil das fortalezas do Hezbollah e das zonas de combate”, disse Netanyahu em comunicado destinado ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que foi declarado persona non grata em Israel por não condenar o Irã após o lançamento de mísseis contra Israel no início do mês.
“As Forças Armadas de Israel pediram repetidamente essa retirada e foram recusadas, o que acaba transformando a Unifil em escudos humanos para o Hezbollah”, acrescentou Netanyahu.