João Roma, presidente do PL na Bahia e ex-ministro, anunciou nesta segunda-feira (30), em entrevista ao programa Toda Bahia, que o partido irá intensificar a sua linha de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro no estado em 2025, ano anterior às eleições gerais. Ele também afirmou que quem discordar dessa direção terá liberdade para deixar o partido. Além disso, Roma confirmou sua pré-candidatura ao governo da Bahia e esclareceu que o PL não negociou cargos na gestão do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União).
“O PL tem uma proposta clara. Quem não estiver de acordo com essa linha e tiver outras expectativas, está à vontade para sair. Não há obrigação de permanecer no PL. Vamos seguir com a linha do ex-presidente Jair Bolsonaro, maior liderança nacional do nosso partido”, disse.
Em 2024, Roma aceitou abrir um processo disciplinar contra membros do PL em Barreiras que apoiam o PT na Bahia. Entre os alvos estão os deputados estaduais Vitor Azevedo e Raimundinho da JR, que fazem parte da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT). O processo ainda não foi finalizado.
“Somos o partido de Bolsonaro e precisamos ter coerência. Não tenho problemas pessoais com ninguém, mas a questão é política. Se alguém tiver uma linha diferente da nossa, pode buscar seus votos em outro lugar”, declarou Roma.
O ex-ministro reforçou sua pré-candidatura ao governo baiano em 2026 e revelou que fará uma série de viagens pelo interior da Bahia a partir de 2025, criticando os “erros do PT” e sugerindo alternativas para o desenvolvimento do estado. Sobre a eleição presidencial, Roma acredita que Bolsonaro será elegível para as próximas eleições.
Roma também comentou a relação do PL com a administração de Bruno Reis. “Não fizemos qualquer acordo com o prefeito sobre cargos ou espaços na estrutura. Isso limitaria nossa liberdade para as eleições de 2026”, afirmou, lembrando que Reis tem pré-candidatos distintos para o Palácio do Planalto e o governo da Bahia, como Ronaldo Caiado (União) e ACM Neto (União).