Lula cita posse de Trump e promete evitar retorno ao “horror” do governo Bolsonaro

Durante a reunião ministerial realizada nesta segunda-feira (20) na Granja do Torto, em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou a posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que ocorre no mesmo dia em Washington. Em um discurso de 13 minutos, Lula abordou a relação bilateral com os EUA e reforçou seu compromisso com a democracia no Brasil.

Ao falar sobre Trump, Lula desejou que o novo líder norte-americano faça uma gestão que beneficie o povo dos Estados Unidos e que mantenha a parceria histórica entre os dois países. “Ouvi pessoas dizendo que a eleição de Trump pode afetar a democracia mundial. Mas ele foi eleito para governar os EUA, e eu torço para que sua gestão traga melhorias para a população americana e fortaleça a parceria com o Brasil”, afirmou o presidente.

Outro tema central do discurso foi a disputa eleitoral de 2026. Embora não tenha se colocado como candidato, Lula destacou que a campanha já começou e que seu governo tem como missão impedir o retorno do autoritarismo. Sem mencionar diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro, Lula afirmou que sua principal motivação é evitar que o Brasil volte ao “horror” do passado.

“Minha causa em 2025 é clara: garantir que este país não volte ao que foi durante o mandato do nosso antecessor. Precisamos assegurar que o Brasil continue sendo um país democrático e comprometido com a população mais vulnerável”, declarou.

Lula também citou os atos de vandalismo praticados por extremistas bolsonaristas em 8 de janeiro de 2023, alertando os ministros para a importância de proteger a democracia brasileira. “Todos sabemos o impacto do 8 de Janeiro e o que poderia ter acontecido se aquele dia tivesse dado certo. Precisamos garantir que o país tenha uma democracia plena e estável”, enfatizou.

A reunião ministerial, que reúne todos os ministros e lideranças do governo no Congresso, continuará ao longo do dia. Cada ministro terá a oportunidade de apresentar as realizações de sua pasta e discutir metas para os dois anos restantes do terceiro mandato de Lula.

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