O presidente Lula (PT) manifestou incômodo com os vazamentos de informações sobre a reforma ministerial, especialmente após a ministra da Saúde, Nísia Trindade, ter tomado conhecimento de sua possível substituição pela imprensa. O petista destacou a aliados que mudanças no governo não devem ser divulgadas antes de conversas diretas com os envolvidos.
Nesta terça-feira (25), Lula se reunirá com Nísia no Palácio do Planalto para uma cerimônia sobre parcerias na produção de vacinas e medicamentos. Nos bastidores, a expectativa é que o encontro sirva para selar a saída da ministra e abrir caminho para a reforma ministerial. O atual ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha (PT), é o mais cotado para assumir a Saúde.
Outra mudança em discussão envolve o ministro Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência), que pode ser substituído pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR). O nome dela também é cogitado para a SRI ou para o Ministério do Desenvolvimento Social, hoje comandado por Wellington Dias (PT).
A reforma tem sido tema de reuniões reservadas na Granja do Torto, onde Lula tem buscado equilibrar interesses políticos em um momento de queda na popularidade do governo. O centrão pressiona por mais espaço, e nomes como Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL) e Antonio Brito (PSD-BA) surgem como alternativas para o Palácio do Planalto.
A definição das mudanças deve ocorrer nos próximos dias, mas aliados alertam que novos vazamentos podem influenciar as decisões do presidente.