Em março de 2025, Salvador e a Região Metropolitana registraram 152 pessoas atingidas por tiros, sendo 120 vítimas fatais e 32 feridas. Os dados são do Instituto Fogo Cruzado, que acompanha os tiroteios e a violência armada na região. Embora tenha havido uma queda geral em relação ao mesmo período de 2024, dois aspectos se destacam: quatro chacinas com 22 mortos e o fato de que todas as vítimas de bala perdida foram mulheres — um marco inédito desde o início do monitoramento, em julho de 2022.
Entre os mortos, está Larissa de Azevedo, atingida durante um tiroteio entre policiais e suspeitos na Avenida Paralela, e uma idosa de 87 anos, baleada dentro de casa no bairro Vale das Pedrinhas. Ao todo, seis mulheres foram atingidas por balas perdidas, sendo três fatais e três feridas, incluindo duas idosas e uma adolescente.
O levantamento também revela que 16 mulheres foram baleadas em março, o maior número até agora em 2025, superando os 12 casos de janeiro e os sete de fevereiro. Em fevereiro, não houve vítimas de bala perdida.
Apesar do aumento nos casos envolvendo mulheres, o mês de março registrou uma redução de 18% nos tiroteios em comparação com o mesmo mês do ano passado (150 em 2025 contra 182 em 2024). As mortes caíram de 145 para 120, e os feridos de 43 para 32.
A maior parte dos confrontos ocorreu na capital, com 112 tiroteios, 91 mortos e 27 feridos. O bairro Fazenda Coutos foi o mais violento, com 14 tiroteios e 16 mortes. Entre os municípios da Região Metropolitana, Camaçari foi o mais afetado, com 14 tiroteios e 10 mortos.