Um grupo de médicos lançou uma petição pedindo a anulação das eleições do Conselho Federal de Medicina (CFM), alegando fraudes eleitorais e irregularidades no processo. A iniciativa surgiu após denúncias de que a Comissão Eleitoral não teria agido com o devido rigor, resultando em um número de votantes muito superior ao de eleitores aptos.
As preocupações dos médicos também incluem a disseminação de fake news e discursos anti-ciência durante o processo eleitoral. Entre os eleitos, há profissionais que defenderam a cloroquina como tratamento durante a pandemia de COVID-19 e uma médica que celebrou os atos golpistas de 8 de janeiro. Além disso, há controvérsia sobre o apoio de alguns eleitos à norma que proíbe médicos de realizarem a assistolia fetal em casos de aborto decorrente de estupro, conforme previsto por lei.
A petição foi lançada na plataforma Avaaz na manhã de sábado (10) e está aberta para assinaturas de médicos e não médicos. O documento busca apoio para pressionar por uma revisão do processo eleitoral e garantir a transparência e integridade do CFM, que desempenha um papel crucial na regulamentação da prática médica no Brasil.
A crescente adesão à petição reflete uma insatisfação dentro da comunidade médica com os rumos do conselho e a forma como as eleições foram conduzidas. Os organizadores esperam que a pressão pública leve a uma investigação mais aprofundada e possíveis medidas corretivas.
O Conselho Federal de Medicina ainda não se manifestou oficialmente sobre a petição, mas a situação gera debates acalorados sobre a governança e o papel do CFM em promover a ciência e a ética na prática médica. A comunidade médica e a sociedade em geral aguardam por esclarecimentos e ações que possam restaurar a confiança no processo eleitoral da entidade.