Michelle Bolsonaro propõe mudanças no “PL Antiaborto”

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro anunciou, através de vídeos em suas redes sociais, sua posição sobre o projeto de lei “antiaborto”, afirmando que pretende propor alterações. Ela expressou ser contrária à penalização de mulheres que interrompem a gravidez após 22 semanas, defendendo que a punição deve recair sobre quem realiza ou auxilia no procedimento.

“Mesmo tratando de adultos, na minha visão, alguns pontos do projeto de lei precisariam ser melhor abordados e outros necessitariam ser reformulados com a cuidadosa observância de que a mãe, vítima de estupro, e o bebê não podem ser penalizados com as eventuais alterações da lei”, comentou.

Atualmente presidente do PL Mulher, Michelle Bolsonaro afirmou que conversará com o autor da proposta, deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), para apresentar sugestões e firmar alguns posicionamentos.

Michelle também defendeu o aumento das penas para estupradores, sugerindo inclusive a castração química. Ela enfatizou que as vítimas não devem ser penalizadas e sugeriu que a apresentação de boletins de ocorrência volte a ser obrigatória para a realização de aborto legal.

“A mulher vítima de estupro passa por uma experiência horrível e isso deve ser seriamente considerado, com empatia, quando se vai julgar quaisquer condutas de sua parte que são, na maioria das vezes, atos de desespero”, explicou.

Além disso, Michelle Bolsonaro apoiou a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que proíbe médicos de realizarem assistolia fetal após 22 semanas. Ela argumentou que todas as pessoas envolvidas na interrupção da gravidez devem ser penalizadas.

Sobre a repercussão do caso e a preocupação de que a lei poderia penalizar menores de idade violentadas, Michelle classificou as críticas como “mais uma gritaria da esquerda que quer acabar com a vida dos nossos bebês inocentes”.

Ela também criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por sua declaração onde chamou de “monstro” a pessoa concebida por estupro, acusando seu governo de ser “abortista” e afirmando que a esquerda defende criminosos.

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