Motoentregadores de Salvador anunciam paralisação e exigem reajuste na remuneração

Os motoentregadores de Salvador irão realizar uma paralisação neste sábado (29) e domingo (30), em protesto contra as políticas de remuneração e operacionais das plataformas de delivery. No comunicado divulgado nesta sexta-feira (28), a categoria exige o reajuste no valor da quilometragem e a revisão de normas que, segundo os trabalhadores, precarizam e desvalorizam o trabalho.

Durante a paralisação, os entregadores manterão seus aplicativos desligados como forma de protesto contra as práticas das empresas como iFood, Uber Eats, 99Food e Rappi.

André Freire, vice-presidente da Associação dos Motoentregadores de Salvador, ressaltou que a remuneração atual não é suficiente para cobrir os altos custos de combustíveis e a manutenção das motocicletas. “Além disso, as regras abusivas dos aplicativos penalizam os trabalhadores, como no caso de punições para quem recusa pedidos”, afirmou.

A categoria lembrou que, após uma paralisação nacional em 2022, conseguiu um pequeno reajuste de R$ 0,50 no valor por quilômetro rodado, que passou de R$ 1,00 para R$ 1,50. A taxa mínima para entregas de até 4 km também foi alterada, subindo de R$ 5,31 para R$ 6,50. No entanto, os entregadores afirmam que as plataformas ainda operam com dois modelos de pagamento distintos, prejudicando a previsibilidade e a garantia de uma remuneração justa.

As principais reivindicações da mobilização incluem:

  • Aumento da taxa mínima de entrega para R$ 10,00;
  • Reajuste do valor por quilômetro rodado para R$ 2,50;
  • Limitação das rotas de bicicleta a um máximo de 3 km;
  • Pagamento integral da taxa por entrega, sem redução nos pedidos agrupados.

Além disso, a categoria denuncia que as plataformas dificultam a organização dos entregadores e impõem condições de trabalho desvantajosas para a classe.

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