A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu, neste domingo (5), uma mulher acusada de envenenar um bolo, que resultou na morte de três pessoas e deixou outras duas internadas em Torres, no litoral norte do estado.
As investigações, sob a direção do delegado Marcos Vinicius Muniz Veloso, apontam que a suspeita tinha um desentendimento com Zeli dos Anjos, 61, que havia feito o bolo. A mulher presa é nora de Zeli.
Duas das vítimas eram irmãs de Zeli: Neuza Denize Silva dos Anjos, 65, e Maida Berenice Flores da Silva, 59. A terceira vítima era Tatiana Denize Silva dos Anjos, 47, filha de Neuza.
A prisão ocorreu após um mandado de prisão temporária autorizado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. A identidade da mulher falecida ainda não foi confirmada pela polícia, mas, conforme o jornal Zero Hora, ela foi identificada como Deise. Uma coletiva de imprensa para divulgar mais informações está prevista para segunda-feira (6), às 9h.
Zeli, que também ingeriu o bolo, continua internada em estado estável. Uma criança de 10 anos que também foi envenenada já teve alta e está em casa.
As intoxicações ocorreram na véspera de Natal, 24 de dezembro. A suspeita é que o bolo tenha sido contaminado com arsênio, substância encontrada no sangue das vítimas.
A mulher presa enfrenta acusações de triplo homicídio qualificado e tentativa de homicídio contra outras vítimas.
O arsênio é um elemento químico encontrado de forma natural no ar, na água e no solo. A forma inorgânica é altamente venenosa, e a orgânica pode ser encontrada em alguns seres vivos e plantas.
Entre os sintomas típicos de intoxicação por arsênio estão náuseas, dores abdominais, diarreia, vômitos, além de formigamento nos membros e cãibras musculares.
De acordo com a polícia, a mulher que preparou o bolo foi a única da casa a comer duas fatias, sendo a que apresentou a maior concentração do veneno. O bolo foi servido em um encontro de família.
A investigação continua sendo conduzida pela delegacia de Torres.