Novo exame de sangue demonstra 97% de precisão no diagnóstico de Alzheimer

Num horizonte próximo, a detecção do Alzheimer pode tornar-se mais rápida e precisa através da análise de uma pequena amostra de sangue, muito antes dos primeiros sintomas surgirem. Um avanço significativo no enfrentamento dessa doença foi revelado num estudo publicado na segunda-feira (22/1) na revista científica JAMA Neurology, realizado por neuroquímicos suecos.

O novo método de análise apresentado pelos pesquisadores permite identificar com precisão inédita a proteína p-tau, que se acumula no cérebro de pessoas com Alzheimer. A ciência acredita que são as aglomerações e emaranhados formados por essas proteínas que pressionam o cérebro e levam a inflamações do órgão, desencadeando os sintomas.

Os primeiros acúmulos de proteína podem aparecer até 20 anos antes dos sintomas da doença neurodegenerativa se tornarem evidentes.

Os pesquisadores calibraram o exame para encontrar a p-tau217 circulando no organismo, indicando os acúmulos da proteína sem a necessidade de exames mais complexos e caros, como a tomografia cerebral e a punção lombar, que são usados atualmente para diagnosticar o Alzheimer.

O teste se tornou o mais preciso entre todos os disponíveis no mercado e teve resultados comparáveis aos de exames de maior complexidade.

Os testes de sangue usados atualmente são apenas indicativos — por serem imprecisos, não são usados para diagnóstico. Os exames mais definitivos, porém, são recomendados apenas para pessoas com parentes diretos com Alzheimer ou após o início dos sintomas.

Os sintomas de Alzheimer podem variar entre os pacientes, mas os problemas de memória — como perder a noção de datas, perder-se na rua, colocar coisas no lugar errado ou ter dificuldade em completar tarefas como tomar banho, ler ou escrever — são os sinais mais característicos da doença.

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