O preço do ovo de galinha voltou a subir com força em março na Região Metropolitana de Salvador (RMS), acumulando alta de 12,05% no mês e 26,89% nos últimos 12 meses. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira (11) pelo IBGE.
Com esse aumento, o ovo segue como um dos principais itens que mais pressionam o custo de vida dos baianos. Em fevereiro, o produto já havia registrado uma elevação próxima de 18%, reflexo do aumento da demanda por proteína mais acessível e da baixa oferta no mercado.
A inflação da RMS em março ficou em 0,41%, puxada principalmente pelos grupos Alimentação e Bebidas (0,96%) e Transportes (0,57%). Apesar de representar uma desaceleração em relação ao mês anterior, a taxa continua sendo influenciada por alimentos básicos e serviços essenciais.
Além do ovo, produtos como tomate e café também tiveram reajustes significativos. Analistas avaliam que, mesmo com a isenção de tributos federais sobre alguns itens da cesta básica, como carnes e azeite, os efeitos sobre os preços ainda são limitados.
“O corte de impostos pode aliviar pontualmente, mas pode desequilibrar o setor produtivo e afetar a economia a médio prazo”, explica o economista Antonio Carvalho.
Transportes e habitação também pressionam
O grupo Transportes teve variação de 0,57% em março, com destaque para a alta de 9,24% nas passagens aéreas — maior impacto individual no IPCA do mês.
No setor de Habitação, a taxa de condomínio subiu 2,17%, segunda maior pressão sobre o custo de vida. Apesar disso, o grupo apresentou desaceleração (0,06%) em relação ao mês anterior, influenciado pela queda de 1,66% na energia elétrica.
Nos últimos 12 meses, a inflação na RMS é de 5,63%, acima do centro da meta do governo para 2025, fixada em 3%.