A Polícia Civil da Bahia solicitou a prisão preventiva do soldado Marlon da Silva Oliveira, da 9ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), acusado de atirar contra dois jovens na madrugada de domingo (1º) no Alto de Ondina, em Salvador. O caso resultou na morte de Gabriel Santos Costa, de 17 anos, e deixou Haziel Martins Costa, de 19, ferido e internado no Hospital Geral do Estado (HGE).
Imagens capturadas no local mostram os jovens rendidos no chão antes de serem baleados. O policial afirmou em depoimento que agiu em legítima defesa após supostamente sofrer uma tentativa de assalto.
A delegada Zaira Pimentel, responsável pelo inquérito, rejeitou a alegação de legítima defesa e encaminhou o pedido de prisão preventiva ao plantão judiciário. No entanto, o caso agora aguarda a análise do 1º Juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri. “Ele apresentou a tese de legítima defesa, mas discordo dessa versão. As investigações continuam para esclarecer o ocorrido”, afirmou a delegada ao Correio.
Embora as imagens levantem suspeitas de execução, a delegada ponderou que ainda é cedo para chegar a essa conclusão. O vídeo também registra o policial rendendo os jovens com xingamentos antes de disparar.
Oito testemunhas já foram ouvidas, incluindo a namorada do policial, que estava presente no momento do crime e corroborou a versão de legítima defesa.
Em nota, a Polícia Militar informou que investiga o caso e que medidas serão tomadas com base nas apurações. A corporação reforçou seu compromisso com os princípios éticos e legais que regem a atuação policial.