A Procuradoria-Geral da República (PGR) comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado e a supressão do Estado Democrático de Direito para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder está “em vias de conclusão”. Esta informação foi revelada na decisão do ministro Alexandre de Moraes, que ordenou a soltura do coronel do Exército Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, em 16 de maio.
Na decisão, Moraes menciona a manifestação da PGR sobre a necessidade de manter a prisão do coronel, destacando a iminente conclusão do inquérito. A PGR ressaltou a atuação eficiente da Polícia Federal, que desarticulou o grupo criminoso e reduziu o risco à ordem pública. A Procuradoria informou que todas as medidas cautelares de busca e apreensão foram realizadas, garantindo a preservação de documentos e dispositivos cruciais para a investigação.
Os depoimentos dos principais envolvidos já foram colhidos, diminuindo a possibilidade de interferências na investigação penal, segundo a PGR. Em relação a Marcelo Câmara, a PGR sugeriu que a ordem pública e a investigação poderiam ser protegidas por medidas menos rigorosas que a prisão, propondo medidas cautelares.
Com a decisão de Moraes, Marcelo Câmara foi liberado sob condições: uso de tornozeleira eletrônica, entrega do passaporte e proibição de utilizar redes sociais. Ele estava preso desde 8 de fevereiro, após ser alvo da Operação Tempus Veritatis, que investiga o grupo suspeito de participação na tentativa de golpe.