Uma operação realizada no Estado do Rio de Janeiro pela Delegacia de Furtos e Roubo revela a escalada de um crime cada vez mais comum. O cultivo de maconha com o uso de estufas e equipamentos para potencializar o desenvolvimento e plantas. Uma espécie de agronegócio do tráfico.
Segundo reportagem do jornal O Globo, nesse esquema, traficantes de classe média passaram a buscar em favelas proteção de criminosos armados para fazer o cultivo. Essa proteção tem preço.
Ainda de acordo com a reportagem, parte do lucro da venda ou da própria droga vai parar nas mãos dos bandidos que negociam essa proteção.
Dados da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Civil do Rio de Janeiro aponta que, em cinco anos, foram feitas 2.252 apreensões de pés de maconha no estado. Nessas ações, foram apreendidos 754 quilos de pés de maconha e outras 1.104 unidades. Em média, houve mais de uma apreensão por dia, de 2018 a 2023.
As investigações da Polícia Civil do RJ aponta que o negócio de produção de maconha em estufas vem se diversificando e ganhando novos locais, além, de uma clientela fiel. O quilo custa em média R$ 50 mil. Na favela, a droga sai em média a R$ 1,5 mil o quilo. O investimento para esse tipo de produção pode chegar a R$ 150 mil, conforme dados da Polícia Civil do Rio de Janeiro.