Na tarde desta quinta-feira (2), uma parte da barragem da Usina Hidrelétrica 14 de Julho, em Cotiporã (RS), na região da Serra Gaúcha, rompeu-se, gerando preocupações nas localidades vizinhas, situadas a cerca de 170 quilômetros de Porto Alegre.
Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, o governador Eduardo Leite explicou que, segundo avaliações técnicas, o colapso não deve resultar em “uma devastação súbita”. No entanto, as cidades abaixo do local do rompimento devem enfrentar os impactos do aumento do nível do rio Taquari.
“Estamos realizando todos os esforços para evitar o rompimento, mas, devido ao grande volume de água, os helicópteros mobilizados não conseguiram acessar a barragem para permitir a inspeção dos técnicos”, afirmou Leite. “Isso certamente terá consequências, e estamos trabalhando para minimizar os efeitos.”
Evacuação de áreas de risco
Em comunicado, a Defesa Civil estadual alertou que já vinha monitorando o aumento do nível do rio devido às intensas chuvas desde a última sexta-feira (24). Em colaboração com outros órgãos públicos, estão sendo realizadas operações para retirar as famílias que permanecem em áreas vulneráveis.
“A recomendação é clara para os residentes dos municípios de Santa Tereza, Muçum, Roca Sales, Arroio do Meio, Encantado, Colinas e Lajeado: deixem as áreas de risco e busquem abrigos públicos ou locais seguros durante a elevação do nível do Rio Taquari”, alertou a Defesa Civil.
Em outra declaração, a Companhia Energética Rio das Antas comunicou que detectou o rompimento parcial do lado direito da barragem às 13h40. O Plano de Ação de Emergência foi ativado desde o início da tarde anterior (1º), em coordenação com as Defesas Civis locais, com a ativação de sirenes para a evacuação preventiva da área, garantindo a retirada segura da população local.