De acordo com a agência de notícias Reuters, a decisão de Putin veio depois de declarações que ele considerou agressivas por parte de representantes dos países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Em conversa com oficiais militares e com o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, Putin disse que as nações ocidentais tomaram “ações hostis” em relação à Rússia e impuseram “sanções ilegítimas”. Ele fez um pronunciamento oficial à nação a esse respeito.
“Como vocês podem ver, países do Ocidente não tomam medidas não amistosas contra nós apenas na dimensão econômica. Eu me refiro às sanções que todos conhecem bem e também aos principais dirigentes que lideram a Otan que se permitem fazer declarações agressivas em relação ao nosso país. Dessa forma, comando ao ministro da Defesa para que as forças de deterrência do país estejam de prontidão”, declarou o líder russo à TV estatal.
Em suma, deterrência é um conjunto de medidas baseadas na intimidação, tomadas por um país ou conjunto de países visando prevenir ou dissuadir ações hostis de rivais.
Casa Branca garante que a Rússia não está sob ameaça da Otan nem da Ucrânia
Após declarações da Russia ameaçando utilizar armas nucleares, a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, garantiu que em nenhum momento a Rússia esteve sob ameaça da Otan, diferentemente do que o líder russo vem afirmando.
“Nós o vimos fazer isso várias vezes. Em nenhum momento a Rússia esteve sob ameaça da Otan ou esteve sob ameaça da Ucrânia“, disse Psaki à ABC News.
“Isso tudo é um padrão do presidente Putin e vamos enfrentá-lo. Temos a capacidade de nos defender, mas também precisamos chamar a atenção para o que estamos vendo vindo do presidente Putin”, acrescentou.
Anteriormente a aliança formada por 30 países, entre eles os EUA, o Canadá, o Reino Unido e a França, a Otan foi criada em 1949, no período da Guerra Fria, sob a liderança norte-americana, em oposição à extinta União Soviética.
Assim, com o fim do bloco comunista em 1991, a Otan passou a atuar, principalmente, como uma aliança que zela pelos interesses econômicos dos membros.
Para a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, a atitude de Putin é inaceitável. “Isso significa que ele continua a escalar esta guerra de uma maneira totalmente inaceitável e temos que seguir contendo suas ações da maneira mais forte possível”, declarou ela em entrevista à CBS News.