Nesta quinta-feira (13), a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu manter o amplo acesso à pílula abortiva no país, rejeitando a tentativa de um grupo de organizações e médicos antiaborto de anular a aprovação da medicação pelo FDA (agência sanitária americana).
Em uma decisão unânime, o tribunal determinou que os autores da ação não tinham legitimidade para contestar o FDA. “Reconhecemos que muitos cidadãos, incluindo os médicos demandantes aqui, têm preocupações e objeções sinceras aos que usam mifepristona e realizam abortos”, afirmou o juiz da Suprema Corte Brett Kavanaugh. “Mas os cidadãos e os médicos não têm legitimidade para processar, simplesmente porque outros estão autorizados a realizar determinadas atividades.”
A decisão, tomada de forma unânime por um corpo de juízes de maioria conservadora, bloqueia de maneira definitiva o pedido de grupos antiaborto para tornar a pílula ilegal. Um levantamento do governo revelou que seis em cada dez abortos nos EUA em 2023 foram realizados por meio do uso desses medicamentos.