O segundo aniversário dos ataques golpistas às sedes dos Três Poderes, ocorridos em 8 de janeiro de 2023, será marcado por uma cerimônia oficial no Palácio do Planalto e um ato com a militância de esquerda na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participará da apresentação das obras de arte restauradas após os ataques, incluindo o relógio histórico trazido ao Brasil por Dom João VI e a obra “As Mulatas”, de Di Cavalcanti. Autoridades como os presidentes dos Poderes e governadores foram convidados para o evento.
Após a cerimônia, Lula descerá a rampa do Palácio do Planalto para participar de um abraço simbólico na Praça dos Três Poderes, em ato convocado pela Frente Brasil Popular, que inclui movimentos sociais, partidos de esquerda e entidades como a CUT, OAB e CNBB.
Repercussão e política
O evento ocorre em meio à proximidade das eleições para o comando do Congresso Nacional. Convidados como Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), possíveis sucessores de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, estão entre os nomes aguardados.
No Congresso, há um projeto de lei que prevê anistia aos envolvidos nos atos golpistas, tema que enfrenta resistência e pode se tornar pauta de debate em 2025.
Investigação e Justiça
As investigações em curso apontam para um plano que visava assassinar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes. O episódio levou à prisão de Walter Braga Netto, ex-vice de Jair Bolsonaro, sendo o primeiro general quatro estrelas preso por tentativa de golpe.
Lula, em reunião ministerial em dezembro, destacou a importância da defesa da democracia e a presença de autoridades militares no ato. José Múcio (Defesa) e os comandantes das Forças Armadas confirmaram participação, reforçando o compromisso com o regime democrático.