Cultivo de Cacau no Oeste da Bahia Atrai Grandes Empresas do Agronegócio

Devido à redução na produção de cacau na África Ocidental causada por condições climáticas adversas, envelhecimento das plantações e pragas, agricultores no oeste da Bahia decidiram investir no cultivo de cacau. Embora os cacaueiros ainda sejam jovens e precisem de pelo menos mais um ano para produzir frutos, o potencial de lucro está atraindo tanto produtores independentes quanto grandes empresas do agronegócio.

Com sol constante, irrigação e fertilizantes acessíveis, as árvores de cacau no Oeste da Bahia podem começar a frutificar em três anos, em vez dos tradicionais cinco anos.

A empresa Cargill, em parceria com a Schmidt Agrícola, está cultivando 400 hectares de cacau. A chocolateria suíça Barry Callebaut está planejando uma colaboração tecnológica avançada para desenvolver cerca de 5.000 hectares de plantações de cacau no estado.

Famílias que já cultivam outras frutas ou commodities na região estão introduzindo fileiras de cacaueiros em suas plantações. Caso a produção de cacau no oeste da Bahia se expanda como previsto, o Brasil poderá quase duplicar sua produção de cacau para aproximadamente 400.000 toneladas até 2030, segundo a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC).

Isso colocaria o Brasil próximo da terceira posição mundial em produção de cacau, atualmente ocupada pelo Equador. No entanto, alguns acreditam que essa estimativa é conservadora. Moisés Schmidt, um dos irmãos à frente da Schmidt Agrícola, prevê que a produção pode atingir 1,8 milhão de toneladas anuais nos próximos 10 anos, se a expansão do plantio continuar em novas áreas além das regiões tradicionais de cacau no país.

Os primeiros agricultores a plantar cacau no oeste da Bahia começaram antes do recente aumento nos preços, e agora, fazendas vizinhas também estão interessadas. Os produtores baianos são geralmente mais bem financiados e maiores do que os da África Ocidental, o que lhes permite alcançar economias de escala.

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