A Polícia Federal (PF) abriu nesta terça-feira (24) um inquérito para investigar a liberação de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares, cujo direcionamento não possui identificação dos responsáveis. A informação foi divulgada pela coluna de Daniela Lima, do g1.
A apuração foi autorizada pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), após solicitações de partidos como Novo e PSOL, que questionam a falta de transparência no uso dos recursos. O foco da investigação é esclarecer a manobra que, no final do ano Legislativo, permitiu a distribuição de verbas bilionárias sem a devida atribuição aos “padrinhos” das emendas.
O esquema teria sido viabilizado por meio de líderes partidários, que designaram as emendas como se fossem oriundas de comissões da Câmara dos Deputados. Essa prática viola os princípios constitucionais de transparência no uso de dinheiro público.
Arthur Lira (PP), presidente da Câmara, é apontado como o principal articulador do modelo. Alagoas, estado de Lira, teria recebido cerca de R$ 500 milhões das emendas, reforçando especulações sobre sua possível candidatura ao Senado em 2026.