A Polícia Federal (PF) e a Polícia Civil do Distrito Federal estão investigando se Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, contou com apoio para realizar o ataque em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na noite de quarta-feira (13). O homem detonou uma carga explosiva e morreu no local.
As autoridades buscam entender como Luiz, conhecido como Tiü França, financiava sua estadia em Brasília, o que pode esclarecer se ele agiu de forma independente ou com suporte para o ato terrorista, que tinha o objetivo de abolir o Estado de Direito.
Nos últimos quatro meses, Luiz viveu em uma casa alugada em Ceilândia, região a cerca de 30 km da Praça dos Três Poderes, onde também alugou um trailer estacionado próximo ao STF. Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, o local estratégico do trailer indica um planejamento cuidadoso.
Luiz, que já foi candidato a vereador em Rio do Sul (SC) pelo PL em 2020, era proprietário de imóveis alugados em sua cidade natal. Familiares relataram que ele esteve em Brasília em outras ocasiões, incluindo o início de 2023, embora sua participação nos atos de 8 de janeiro ainda não esteja confirmada.
Material explosivo
Durante buscas na casa e no trailer alugados por Luiz, a polícia encontrou materiais explosivos. Em uma dessas ações, um robô antibombas evitou uma tragédia maior, quando uma gaveta explodiu ao ser aberta. Objetos, documentos e um celular foram apreendidos para análise.
A dona do imóvel alugado, que foi ouvida pela polícia, ainda está abalada com o ocorrido e deve prestar novos depoimentos. De acordo com Rodrigues, os elementos coletados até agora apontam para um planejamento de longo prazo.